
Foto: Priscila Melo / Bahia Notícias
O preço do diesel caiu mais R$ 0,04 por litro nos postos
brasileiros na semana passada, com repasses de cortes promovidos pela Petrobras
em suas refinarias. Desde o primeiro corte, no fim de março, a queda acumulada
é de R$ 0,13 por litro.
Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e
Biocombustíveis), o litro do diesel S-10 foi vendido na semana passada, em
média, a R$ 6,29. A expectativa é que o ritmo de queda se mantenha: pelos dois
cortes anunciados desde março, a Petrobras projeta um repasse acumulado de R$
0,25 por litro.
Com coleta nos primeiros dias da semana, a pesquisa da
agência ainda não captou os efeitos do segundo corte, que foi anunciado pela
estatal na última quinta-feira (17), com redução de R$ 0,12 por litro no preço
de venda pelas refinarias.
Os cortes no preço do diesel refletem a queda das cotações
internacionais do petróleo desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, iniciou a aplicação de elevadas tarifas às importações do país.
Em relatório divulgado nesta segunda (22), analistas do Itaú
BBA afirmaram que, com a segunda redução, a Petrobras aproximou seu preço de
venda do combustível à paridade de importação, conceito que simula quanto
custaria para importar o produto.
A Abicom (Associação Brasileira das Importadoras de
Combustível) estima que, na abertura de mercado desta segunda, a estatal vendia
diesel, em média, R$ 0,03 por litro abaixo da paridade de importação. No caso
da gasolina, o preço da estatal era superior à paridade em R$ 0,06 por litro.
Os três reajustes no preço do diesel em 2025 —antes dos
cortes, houve um aumento— contrastam com a estratégia utilizada pela estatal em
2024, quando passou o ano inteiro sem mexer no preço do combustível.
Em nota divulgada na quinta, o Ineep (Instituto de Estudos
Estratégicos em Petróleo, Gás e Biocombustíveis) disse que a sequência de
ajustes "relativiza" a política de preços implantada em maio de 2023,
ao "explicitar a forte vinculação dos preços internos aos preços
internacionais".
Uma das premissas da nova política era evitar o repasse ao
consumidor interno de volatilidades no mercado internacional, conceito que a
presidente da Petrobras, Magda Chambriard, tentou reforçar na semana passada,
antes do terceiro ajuste.
O preço da gasolina nas refinarias da estatal segue
inalterado desde julho de 2024. Nas bombas, ficou estável na semana passada,
segundo a ANP, em R$ 6,33 por litro. O preço do etanol hidratado subiu R$ 0,05
por litro, para R$ 4,32 por litro.
Por Bahia Notícias