Foto: José Cruz / EBC
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais,
Gleisi Hoffmann (PT), criticou nesta quinta-feira (10) deputados que assinaram
pedidos de urgência ao projeto que anistia os envolvidos nos ataques golpistas
de 8 de janeiro.
"Eu confio muito na palavra do presidente Hugo Motta, de
que esse projeto não irá a voto, até porque se for, cria uma crise
institucional, como ele mesmo disse. Eu acho que as assinaturas que alguns
parlamentares estão fazendo dos partidos, tem muitos que estão até desavisados
sobre o conteúdo do projeto", afirmou.
Gleisi defendeu, ainda, a concessão de anistia ou redução de
pena para pessoas que participaram dos ataques de 8 de janeiro, destacando a
exceção para militares e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"De fato, falar sobre anistia ou mediação de pena ou
redução de pena em relação a algumas pessoas do 8 de janeiro, eu acho que é
plenamente defensável do ponto de vista de muitos parlamentares que estão ali,
talvez a gente até tenha que fazer essa discussão mesmo no Congresso",
declarou a jornalistas.
Até o momento, a postura de Gleisi sempre fez declarações
contrárias a qualquer flexibilidade da anistia aos envolvidos nos ataques.
Ela foi questionada, especificamente sobre parlamentares de
partidos da base do governo que saíram em apoio à proposta.
As falas foram concedidas ao anunciar, no Palácio da
Alvorada, Pedro Lucas (União Brasil-MA) como novo ministro das Comunicações.
"[Alguns] querem realmente uma mediação com aquelas
penas para quem participou daqueles atos de 8 de janeiro, mas o projeto que
está lá, vou repetir aqui, é um projeto que dá anistia ao Bolsonaro e aos
generais. Isso não está explicitado, quando a gente fala com alguns
parlamentares."
Por Bahia Notícias