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Arminio Fraga propÔe congelar salårio mínimo por 6 anos

Publicada em: 14/04/2025 08:53 - PolĂ­tica

oto: Bel Pedrosa/FĂłrum EconĂŽmico Mundial

O ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga avalia que os gastos pĂșblicos do Brasil estĂŁo "totalmente descontrolados" e propĂ”e o congelamento do salĂĄrio mĂ­nimo em termos reais por seis anos —sem aumento acima da inflação— para tentar corrigir a rota.
 

"Uma conta gigante Ă© a PrevidĂȘncia. Precisa de uma reforma grande. Uma boa e mais fĂĄcil seria congelar o salĂĄrio mĂ­nimo por seis anos. O nĂșmero 2 Ă© a folha de pagamento do Estado. O RH do Estado brasileiro precisa passar por uma reforma radical", disse.
 

A declaração foi dada durante um painel na Brazil Conference, evento organizado por estudantes brasileiros de Harvard e do MIT.
 

Arminio admitiu que a medida nĂŁo seria palatĂĄvel ao presidente Lula, mas endossou a crĂ­tica Ă  polĂ­tica fiscal. "Congela o salĂĄrio mĂ­nimo, que nĂŁo Ă© palatĂĄvel, mas nĂŁo dĂĄ para fazer o salĂĄrio mĂ­nimo ficar crescendo 2,5% nessas circunstĂąncias, e reduz os gastos tributĂĄrios em 2% do PIB. Isso daria uns 3% do PIB, e eu acho que virava o jogo." Ele afirmou ainda que o Brasil Ă© um "paciente na UTI".
 

A regra vigente no governo do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) prevĂȘ que o ganho real do salĂĄrio, acima da inflação, continuarĂĄ atrelado ao crescimento do PIB de dois anos antes, mas nĂŁo poderĂĄ superar a correção do limite do arcabouço fiscal —que oscila entre 0,6% e 2,5% ao ano.
 

O valor atual Ă© de R$ 1.518 e o governo prevĂȘ que ele chegue a R$ 1.627 em 2026, como mostrou a Folha de S.Paulo.
 

Durante o painel, em que falou a uma plateia formada em boa parte por estudantes, o economista ressaltou que 80% dos gastos pĂșblicos sĂŁo da folha de pagamentos da PrevidĂȘncia e dos estados. Segundo ele, esse gasto deveria ser de 60%.
 

Na palestra, Arminio disse ainda ter ficado assustado com declaraçÔes de Trump. "Quando vejo Trump maltratando e humilhando o Canadå e o México, fico um pouco assustado. Onde é que a gente vai desse jeito?", afirmou. Segundo ele, os EUA sempre foram uma espécie "estrela guia" para o resto do planeta e que a perda do "soft power" é uma situação perigosa.

 

Por Bahia NotĂ­cias

 

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